segunda-feira, 28 de julho de 2008

The Broken Heart

Conforme o tempo passara naquela época do ano, percebi que as folhas caídas sobre o chão já não tinham tanta importância como antigamente. Corríamos pelo parque com tanta empolgação, que senti-me exausto na maioria das vezes. A afobação para alcançá-lo naquela correria sempre fora maior. Vencidos pelo cansaço, caíamos sentados sobre as folhas esquecidas naquele chão sujo. As nuvens escondiam o exuberante Sol, o vento gelado fazia-nos tremer. Como se a carne grudasse aos ossos, como se as roupas não nos fizessem tanto sentido e o calor humano unia-nos como ímãs, um necessitando da proteção do outro. Lembro-me que o conforto estava em seus braços. À vontade de senti-lo, de tomá-lo inteiro para mim, de amá-lo para sempre assim. Quando dizia-me que eu tinha o poder para tirá-lo de órbita. Que eu fizera o seu coração parar, e que todas essas palavras ternas de um sentimento sem fim, cabiam a mim e ao nosso futuro. Poderíamos estar assim ainda. Mas a culpa fora minha, e você fora embora. Sentimentos vazios tomaram-me por si, e hoje, a cada passo dado sobre as mesmas folhas caídas pela estação, percebo que a sua importância fora também. Que o único que permanece, continuará intacto. E que durante todos os dias da minha vida, continuarei almejando pela importância que não hesita em bater na porta de nossas casas. Desejando estar presente, tanto quanto desejamos estar juntos.

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